quinta-feira, 2 de abril de 2009


Sem querer ser chata com todas essas fotos de um passado do qual mal me lembro... mas já que temos acesso à tecnologia que nos permite escanear fotos que significam muito, aqui vai mais uma ... pra mim, a mais linda de todas.

Dezembro de 1985. Nos mudamos para a casa da Vinícius de Moraes no. 23, Córrego Grande. O que se passava no nosso mundo eu, dado o meu sorriso infantil ali da foto (e minha calça cor-de-rosa, super moderna!) - obviamente não tinha noção de nada.
Mas há anos eu carrego comigo essa foto, porque tudo nela se traduz na supremacia do Amor.

Talvez a gente só tenha crescido em tamanho, e idade, e vivências, e outras coisas que não se explicam por meio de fotos. Mas no dia a dia, nos desafios que a gente enfrenta, no meio e no mundo que for - eu sinto que não há nada que se compare com a sensatez tão além da época na qual eu fui criada. Onde para a responsável não faltou coragem, mas ela fez disso uma coisa tão amorosa, tão equilibrada, e tão bem intencionada, que não pôde nunca ser questionada. Ali nunca nos faltou nada - material, espiritual ou intelectual - e sempre sobrou a mais pura sensação de que tudo faz sentido. A tal felicidade. Até hoje, isso.

Eu gostaria de saber como foi que isso aconteceu tão naturalmente, como se nada. E foi lá naquela casa tão linda.

7 comentários:

  1. Isso tudo aconteceu,Mariana, por ser a tua mãe essa pessoa corajosa e lutadora.Meteu a cara e foi a luta pensando unicamente nos 3 pequerruchos que estavam sempre agarrados na saia dela, e as coisas foram acontecendo...A gente acompanhou isso com muita admiração, sempre.

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  2. Mari, minha querida, assim eu não aguento e choro. Nem chegou meu aniversário e já me sinto presenteada. Aquela casa linda já era, mas parece que as coisas realmente importantes ficaram e norteiam de alguma maneira a tua vida. Não aconteceu "naturalmente", talvez a palavra mais adequada seja "desesperadamente",mas foi como tinha que ser, como podia ser... e nunca estivemos sozinhos, tantos nos ajudaram, nos acolheram, nos acarinharam...
    Tina, obrigada pelas palavras tão gentis, valeu irmazinha!

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  3. Mariana, você em minhas lembranças ainda era aquela menininha da foto com a linda calça rosa.
    Vejo, pelas suas postagens, que nos conhecemos muito pouco, e vejo também como sobrou pouco daquela menininha. Vejo hoje uma Mariana com uma bela compreensão da vida. Que bom, significa o quanto você já amadureceu.

    Bjs Simone

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  4. Obrigada, Moninha. Foi você que tirou essa foto, né? Lembro de outras da mesma série onde você aparece. Tempos loucos, eu imagino, para aqueles que se recordam deles melhor do que eu.
    Beijão!

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  5. LINDA FOTO E BELAS LEMBRANÇAS.

    UM GRANDE BEIJO A TODOS

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  6. Chorei, e muito, ao ler esse post sensacional da minha irmazinha.... Mas chorei de alegria, de emoção... com a alegria de saber que os planos da pessoa mais maravilhosa desse mundo deram certo... não só aquela casa, mas especialmente aquele carinho, a sensibilidade, a luta, a inteligência, e a coerência, fizeram com que, se não podia ser fácil, fosse, ao menos, emocionante, e, com certeza, muito recompensador... nunca mais veremos aquele tapete, aquele jardim de inverno, aquela escada... mas veremos por muitos e muitos anos o sorriso de nossa mãe, e agora um sorriso muito mais completo, dada a certeza de ter feito as coisas certas... Amo vocês

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  7. Mariana querida! Chorar é bom e faz bem quando a gente chora por uma boa causa e voces podem se orgulhar e recordar com orgulho de tudo o que passaram, do que aconteceu na vida de todos dessa casa porque dentro dela tinham mesmo uma MÃEZONA poderosa e valente. Ana Maria você sabe o quanto te admiro. E te admiro e te admiro. SEMPRE. Beijo da Janda e até dia dois de maio.Dois não, antes. Janda.

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